Pela 1ª vez na história do Brasil, abstenção no 2º turno foi menor que no 1º

Lula venceu Bolsonaro na disputa pela Presidência em eleição acirradíssima

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentaram no dia 30 de outubro em uma das eleições mais acirradas que o mundo já viu. Num país polarizado, cada voto teve peso importantíssimo nesse 2º turno do pleito para presidente da República. O resultado final deu a vitória ao petista por uma diferença bastante apertada, de 1,8 ponto percentual, o que equivale a pouco mais de 2 milhões de votos válidos.

Essa polarização resultou em um cenário inédito no país: a abstenção no 2º turno (20,56%) foi menor do que no 1º (20,95%), representando 570,4 mil votantes a mais de um turno para o outro. Essa foi menor taxa em um 2º turno desde 2006, quando Lula derrotou Geraldo Alckmin (à época no PSDB e hoje vice-presidente eleito). Naquele pleito, 18,99% dos eleitores deixaram de votar. Por outro lado, a abstenção no 1º turno deste ano foi a maior da história: cerca de 32,7 milhões dos 156 milhões de eleitores aptos não foram às suas seções eleitorais.

O Tribunal Superior Eleitoral também chamou a atenção para outro dado: a diminuição dos votos brancos e nulos. Com isso, 75,86% do eleitorado efetivamente escolheu um dos dois candidatos a presidente. A seguir, outras informações interessantes sobre essas eleições.

👉🏻 Lula se tornou o 1º presidente na história do Brasil a ser escolhido para o cargo três vezes pelo voto direto – ele já havia sido eleito em 2002 e 2006.

👉🏻 A abstenção da região Nordeste foi menor do que a média nacional, diminuindo do 1º para o 2º turnos (caiu de 19,53% para 19,29%.).

👉🏻 Em sua região natal, o petista garantiu a vitória angariando praticamente 7 a cada 10 votos para presidente.

👉🏻 Os 60 milhões de votos dados a Lula são menos que a soma dos 58 milhões que escolheram Bolsonaro e dos quase 4 milhões que votaram nulo.

👉🏻 Minas Gerais foi o único Estado do sudeste onde Lula venceu, mantendo a tradição de que quem sai vitorioso nas urnas mineiras, ganha também no país.

👉🏻 O TSE informou que a diplomação dos candidatos eleitos deve ocorrer até 19 de dezembro, conforme a legislação eleitoral. Porém, a data da cerimônia de diplomação de Lula e Alckmin ainda não foi marcada.

👉🏻 Os eleitos para os cargos de governador, senador, deputado federal, estadual e distrital serão diplomados pelos tribunais regionais eleitorais (TREs), sediados nos 26 Estados e no Distrito Federal. A data-limite também é 19 de dezembro.

👉🏻 O presidente da República e os governadores tomarão posse em 1º de janeiro. A posse dos parlamentares eleitos será em 1º de fevereiro.

0 respostas

Deixe seu comentário

Quer contribuir com o assunto?
Participe! Opine! Comente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *