Bertha Lutz e a força da presença feminina nos espaços de poder
Para GT-Mulheres do OSB-Limeira, exemplos como o dela abriram caminho para diplomacia mais inclusiva
No dia 24 de junho, o mundo celebrou o Dia Internacional das Mulheres na Diplomacia. Criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2022, a data tem o objetivo de reconhecer a contribuição das mulheres para a diplomacia e incentivar sua participação em espaços de decisão que historicamente foram ocupados majoritariamente por homens.
Para o Grupo de Trabalho Mulheres do Observatório Social do Brasil – Limeira, essa data é também um convite à memória e à valorização de trajetórias que abriram caminho para uma diplomacia mais inclusiva e igualitária. Entre elas, a da cientista e diplomata brasileira Bertha Lutz, cuja atuação na fundação da ONU marcou para sempre a história da igualdade de gênero nas relações internacionais.
Em junho de 1945, Bertha integrou a delegação brasileira na Conferência sobre Organização Internacional, realizada em São Francisco (EUA), que resultou na criação das Nações Unidas. Das centenas de representantes oficiais presentes, apenas quatro mulheres, incluindo a brasileira, assinaram a Carta das Nações Unidas.
À época, os direitos das mulheres ainda eram vistos como uma pauta menor nos debates diplomáticos. No entanto, Bertha usou sua voz e articulação política para garantir que a igualdade de direitos entre homens e mulheres fosse incluída de forma clara no texto fundador da ONU: “Reafirmar a fé nos direitos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direito dos homens e das mulheres.”
Bertha Lutz já era conhecida por sua atuação como defensora dos direitos políticos das mulheres no Brasil. Sua passagem pela diplomacia internacional mostra como a presença feminina qualificada e engajada pode transformar estruturas e promover equidade.
É com esse espírito que o Grupo de Trabalho Mulheres do OSB-Limeira atua. Formado por cidadãs limeirenses comprometidas com a ética pública e a transparência, o GT se inspira em trajetórias como a de Bertha para incentivar o protagonismo feminino em todas as esferas: do monitoramento cidadão ao diálogo com o poder público.
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