Número de abstenções e de votos inválidos nas eleições municipais mostram descontentamento dos eleitores
Em Limeira, índice de faltosos no 2º turno foi de 26,31%; brancos representaram 3,44% e nulos, 5,73%
Com o fim da apuração em 2º turno das eleições municipais de 2024, que confirmou a vitória de Murilo Félix (Podemos) como próximo prefeito de Limeira, os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a abstenção na cidade aumentou em relação ao 1º turno. Dos 219.001 eleitores aptos a ir às urnas no dia 27 de outubro, 57.619 deixaram de comparecer, o que representa 26,31% do total. No 1º turno, o índice foi de 23,22% (50.858 eleitores).
O novo prefeito conquistou a vitória com 51,88% dos votos válidos, totalizando 76.049. Seu adversário, Betinho Neves (MDB), obteve 48,12%, com 70.535 votos. A definição do prefeito eleito é feita a partir dos votos válidos, ou seja, dos eleitores que compareceram às seções eleitorais e escolheram um dos candidatos. No 2º turno em Limeira, foram 146.584 votos válidos (90,83% do total) no 2º turno. Os votos brancos representaram 5.544 (3,44%) e os nulos, 9.254 (5,73%).
O alto índice de abstenção e a quantidade de votos brancos e nulos em Limeira reflete a situação pela qual passa o país. Dos 34 milhões de brasileiros aptos a votar no 2º turno das eleições em 51 municípios, cerca de 3 em cada 10 eleitores não compareceram às urnas, de acordo com os números divulgados pelo TSE. A abstenção registrada foi de 29,26%, número superior ao que foi contabilizado no 1º turno, quando a ausência foi de 21,71%.
O índice de abstenção no 2º turno vem numa preocupante escalada. Os 29,26% de 2024 são ligeiramente inferiores aos 29,53% de 2020, mas naquele ano ainda eram fortes os reflexos da pandemia. Desde as eleições municipais de 2000, quando houve 16,2% de abstenção, os números só subiram. Foram 17,3% em 2004, 18,1% em 2008, 19,1% em 2012 e 21,6 % em 2016.
O aumento no número de eleitores que optam por não participar ativamente, seja pela ausência nas urnas ou pelo voto nulo ou em branco, reforça o desafio para atrair os cidadãos para que participem ativamente da vida política do país, em um contexto marcado por polarizações e desconfianças.
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