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Comissão de Orçamento da Câmara aprova PPA 2026-2029

Projeto recebeu parecer favorável e segue para votação em plenário

A Comissão de Orçamento da Câmara Municipal, em reunião no dia 8 de outubro, deu parecer favorável ao Projeto de Lei nº 212/2025, que trata do Plano Plurianual (PPA) de 2026 a 2029. A proposta, protocolada pela Prefeitura em 28 de agosto, prevê receita e despesa estimadas em R$ 9,9 bilhões, distribuídas em 28 programas voltados a áreas como saúde, educação, cultura, esporte, moradia e desenvolvimento rural.

Segundo o site oficial do Legislativo, o texto recebeu cerca de 160 emendas parlamentares, todas com pareceres favoráveis, e está pronto para entrar na pauta de votação. As emendas correspondem a 1,2% da receita corrente líquida de 2026, o equivalente a R$ 22,9 milhões, e permitem que vereadores destinem recursos a diferentes áreas do orçamento municipal.

A comissão também marcou para o dia 15 de outubro uma reunião com representantes da empresa Forty e da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). O encontro vai tratar de um processo contra a Prefeitura relacionado à interrupção de pagamentos de serviços de zeladoria e a ações de inconstitucionalidade sobre decretos que alteraram a ordem cronológica dos pagamentos.

O PPA define as diretrizes e metas da administração pública para um período de quatro anos, sendo elaborado pela Prefeitura e aprovado pela Câmara. Após sua aprovação, passa a vigorar no segundo ano da gestão e se estende até o primeiro ano do mandato seguinte.

Estudo técnico aponta crescimento da demanda por creches em Limeira

Análise evidencia impacto das transformações familiares e do trabalho feminino na procura por vagas na educação infantil

Um estudo técnico encomendado pela vereadora Mariana Calsa, apresentado em agosto, mostra que, apesar da queda na taxa de fecundidade, a demanda por vagas em creches segue crescendo em Limeira.

Elaborado por Amanda Marques de Oliveira, consultora técnica em Ciências Sociais e Gestão Pública, o levantamento evidencia como mudanças no modelo familiar, a entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho e a redução do cuidado informal dentro das famílias ampliaram a necessidade de serviços formais de educação infantil.

Em Limeira, entre 2009 e 2020, a proporção de crianças atendidas em creches municipais quase dobrou, e o número de vagas públicas e conveniadas cresceu 76%. Atualmente, cerca de 60% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas, mas ainda há fila de espera de aproximadamente mil crianças. O estudo também aponta a judicialização frequente, com uma ação da Defensoria Pública a cada seis dias em 2024 para garantir vagas.

A pesquisa destaca ainda a Lei Federal nº 14.851/2024, que obriga os municípios a levantarem anualmente a demanda por vagas em creches, estabelecendo critérios de priorização e vinculando o acesso a recursos federais ao cumprimento dessa obrigação. Para Limeira, o estudo aponta a oportunidade de readequar recursos da rede de ensino em função da queda prevista na população em idade escolar do ensino fundamental, favorecendo a expansão da educação infantil.

O Observatório Social do Brasil – Limeira vem acompanhando o tema como prioritário, fazendo com que constasse do Mapa de Riscos que serviu de base para o Termo de Compromisso com Limeira 2025-2028. O Grupo de Trabalho Mulheres participou de audiência pública sobre o assunto na Câmara em setembro e, recentemente, destacou a temática em podcast com a especialista em Estudos de Gênero Thays Prado, vice-presidente da Foresight Europe Network.

O estudo técnico confirma que, mesmo com menos nascimentos, a procura por creches cresce continuamente, exigindo planejamento estruturado, atenção à judicialização e alinhamento à nova legislação para garantir recursos e ampliar a cobertura de forma eficiente.

Câmara aprova projeto que institui audiências públicas sobre atuação do Conselho Tutelar

Proposta prevê encontros anuais para prestação de contas, transparência e fortalecimento das políticas voltadas à infância e adolescência

O Projeto de Lei nº 195/2025, de autoria do vereador Everton Ferreira (PSD), foi aprovado na sessão ordinária da Câmara de Limeira realizada em 22 de setembro. A proposta estabelece a realização de audiências públicas como ferramenta de apresentação do trabalho do Conselho Tutelar e também para auxiliar no planejamento de políticas públicas voltadas à prevenção, proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

De acordo com o projeto, as audiências deverão ocorrer pelo menos uma vez ao ano e terão como objetivos a apresentação das atividades desenvolvidas pelo Conselho Tutelar e a análise de dados referentes aos atendimentos, além da abertura de espaço para perguntas e sugestões do público.

Também está prevista a discussão sobre revisão e equiparação salarial dos conselheiros, a partir da realidade do município e do número de habitantes.

O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Seus integrantes são conselheiros tutelares eleitos pela comunidade para mandatos de quatro anos, com possibilidade de reeleição.

O colegiado atua em situações como negligência, violência física, psicológica ou sexual, exploração do trabalho infantil, evasão escolar, uso de drogas e demais violações de direitos.

Na prática, o Conselho Tutelar trabalha em parceria com a família, a sociedade e o poder público. Ele não substitui a Justiça nem exerce funções policiais, mas encaminha casos às autoridades competentes, requisita serviços públicos de saúde, educação e assistência social, entre outros, e acompanha cada situação até que os direitos da criança ou do adolescente sejam efetivamente garantidos.

Com a realização das audiências públicas previstas pelo projeto, a atuação do Conselho Tutelar passa a ser apresentada de forma mais ampla à sociedade, promovendo transparência, participação social e fortalecimento das políticas públicas voltadas à infância e à adolescência em Limeira.

Audiência reúne relatos e dados sobre falta de vagas em creches no município

Discussão aponta riscos para crianças e reforça a importância de políticas públicas eficazes

A Comissão de Educação e Ciências da Câmara de Limeira realizou em 17 de setembro uma audiência pública para discutir a fila de espera por vagas em creches no município. O Grupo de Trabalho Mulheres do Observatório Social do Brasil – Limeira foi representado pelas integrantes Dani Paulino e Maria Beatriz Milaré.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o déficit atual é de 1.018 vagas. O Conselho Tutelar destacou a falta de respostas a ofícios encaminhados à pasta sobre a garantia de direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O debate reuniu relatos de mães e avós que enfrentam dificuldades para trabalhar sem ter onde deixar seus filhos e netos, chegando a recorrer a soluções precárias, como cuidados assumidos por idosos doentes ou adolescentes que têm que faltar às aulas. Também foram mencionados riscos à segurança das crianças que permanecem em casa ou nas ruas.

Entre os dados apresentados, destacou-se a negativa de 482 vagas na região do Jardim Aeroporto, além da baixa oferta para a faixa etária de maior demanda. A proporção de um cuidador para seis crianças em Limeira, acima da referência nacional de um para cinco, também foi considerada preocupante.

Representantes do poder público e de instituições ligadas à infância defenderam a ampliação de vagas, a transparência na lista de espera e soluções que conciliem qualidade no atendimento e localização adequada das unidades. O governo municipal reafirmou o compromisso de zerar a fila no próximo ano letivo.

A falta de vagas em creches integra o Mapa de Riscos de Limeira, elaborado pelo OSB-Limeira, e que serviu de base para a construção do Termo de Compromisso com Limeira 2025-2028.

Audiência pública vai debater falta de vagas em creches em Limeira

Evento promovido pela Câmara Municipal acontecerá em 17 de setembro, no plenário do Legislativo

A Comissão de Educação e Ciências da Câmara de Limeira realiza, no dia 17 de setembro, às 18h30, uma audiência pública para discutir a fila de espera por vagas em creches no município.

O encontro será no Plenário Vereador Vitório Bortolan, instalado provisoriamente na rua Clarino Peixoto, 280, Jardim Maria Buchi Modeneis.

A participação é aberta à população e a transmissão ocorrerá ao vivo pelos canais do Legislativo no YouTube, Facebook e site. Mais informações aqui.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação, o déficit atual é de 1.018 vagas em creches. O Conselho Tutelar de Limeira comunicou à comissão a ausência de respostas a ofícios enviados à secretaria sobre a garantia de direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A falta de vagas em creches integra o Mapa de Riscos de Limeira, documento que serviu de base ao Observatório Social do Brasil – Limeira para a elaboração do Termo de Compromisso com Limeira 2025-2028, assinado pelo prefeito Murilo Félix e pelos 21 vereadores do atual mandato.

O tema da falta de vagas em creches foi abordado pelo podcast Se Liga, Cidadão!, do OSB-Limeira, em seu episódio mais recente, que discutiu as conexões entre dados públicos e igualdade de gênero e apresentou os principais indicadores de risco do município envolvendo mulheres. O episódio completo está disponível no YouTube (@osblimeira362).

Foram convidados para a audiência o secretário municipal de Educação, Antônio Montesano Neto, e representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública da Infância e Juventude, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Conselho Tutelar e de vários outros órgãos com interesse no tema.

Curso sobre orçamento público de Limeira chega à terceira fase com apoio do OSB-Limeira

Palestra abordou despesas, receitas e análise detalhada do orçamento municipal, com conteúdo disponível para os participantes

O Plenário da Câmara Municipal de Limeira recebeu no dia 26 de agosto a terceira fase do curso sobre orçamento público do município, promovido pela Escola Legislativa Paulo Freire, com apoio do Observatório Social do Brasil – Limeira (OSB-Limeira).

A abertura foi conduzida pelo presidente da Câmara, vereador Everton Ferreira (PSD), que apresentou o palestrante e ressaltou que todo o conteúdo, disponível em formatos digital e físico, será compartilhado com os inscritos.

A palestra foi ministrada por Joseval Cordenonssi Cia, presidente do OSB-Americana e membro da Comissão de Avaliação Financeira de Limeira. Entre os temas abordados, estiveram despesas empenhadas, liquidadas e pagas; receitas e despesas intra-orçamentárias; diferentes formas de confrontar receitas e despesas; evolução das principais receitas correntes; conceitos de receita corrente e receita de capital; além de análises por período do ano e dados consolidados.

Também foram detalhados itens como transferências correntes da União, incluindo recursos do SUS e participação da Receita da União; transferências correntes dos Estados, como ICMS e IPVA; receitas tributárias, como ISS e IPTU; e a evolução das despesas por órgão, função, subfunção, programa, ação, categoria econômica, grupo de natureza, elemento de despesa e fonte de recurso.

O palestrante ainda reservou tempo para esclarecer dúvidas e demonstrar o uso da ferramenta de análise orçamentária.

O evento foi transmitido pelos canais de comunicação do Legislativo e pode ser conferido na íntegra aqui.

 

Ministro do STF se torna “persona non grata” em Limeira. Na prática, o que isso significa?

Entenda o alcance desse tipo de manifestação e como o cidadão pode participar do debate político local

Na sessão ordinária de 11 de agosto, a Câmara Municipal de Limeira aprovou uma moção de protesto direcionada ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, declarando-o persona non grata na cidade. O documento, aprovado por maioria dos vereadores, será encaminhado ao gabinete do ministro, em Brasília.

Uma moção é uma manifestação formal de opinião da Câmara sobre determinado fato ou conduta. No caso das moções de protesto, não há efeito jurídico direto: trata-se de um posicionamento político e simbólico, registrado em ata e comunicado ao destinatário.

Assim, um ministro do STF, que ocupa um cargo que não depende de aprovação de instâncias municipais, não sofre consequências legais a partir desse tipo de medida.

O uso de moções para expressar concordância ou discordância é legítimo e previsto no regimento interno das câmaras municipais. No entanto, essas manifestações suscitam questionamentos sobre prioridades: em uma cidade com diversos desafios locais, qual deve ser o foco principal da atuação legislativa?

Para o cidadão que não concorda com o posicionamento adotado, há diferentes caminhos de participação. É possível manifestar-se publicamente, entrar em contato com o gabinete dos vereadores para registrar opinião, participar das sessões legislativas — que são abertas e transmitidas online — ou acompanhar e interagir nos canais oficiais.

Além disso, a participação ativa em audiências públicas e consultas populares ajuda a reforçar a representatividade das decisões.

Mais do que um ato isolado, a moção de protesto convida à reflexão sobre como as câmaras municipais exercem seu papel e de que forma cada cidadão pode influenciar os rumos da política local.

Câmara aprova projeto que propõe pontos de apoio para entregadores por aplicativo

Proposta prevê criação de espaços públicos para descanso e espera de motoboys e ciclistas em locais definidos pela Prefeitura

A Câmara Municipal de Limeira aprovou, na sessão ordinária de 14 de julho, o Projeto de Lei nº 179/2021, por meio do Substitutivo nº 54, de autoria da vereadora Lu Bogo (PL). A proposta dispõe sobre a criação de espaços públicos destinados ao estacionamento, repouso e descanso de entregadores que atuam por aplicativos, utilizando motocicletas ou bicicletas. O projeto segue agora para análise do Executivo, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.

Segundo o texto, caberá à Prefeitura a definição dos locais onde esses espaços serão implantados. A justificativa da autora destaca a falta de pontos de apoio adequados para os profissionais durante o trabalho, especialmente em momentos de espera por novas entregas ou de necessidade de carregar dispositivos eletrônicos.

A ausência desses espaços tem levado muitos entregadores a utilizarem calçadas e áreas externas de estabelecimentos comerciais como pontos de espera, o que pode impactar o fluxo de pedestres e a dinâmica local do comércio.

A proposta também prevê que, com a implantação desses espaços públicos, o uso das calçadas por entregadores será vedado, liberando a passagem de pedestres e promovendo a organização urbana.

O projeto surge em um contexto de crescimento expressivo do setor de entregas por aplicativos, impulsionado especialmente durante a pandemia. De acordo com dados da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), o número de entregadores cadastrados nas plataformas aumentou significativamente nos últimos anos, com estimativas que apontam para mais de 1,5 milhão de profissionais em todo o país.

Em Limeira, a regulamentação de atividades ligadas à economia de plataformas tem sido pauta recorrente nas discussões legislativas. A tramitação e os desdobramentos do Projeto de Lei nº 179/2021 poderão ser acompanhados pelos cidadãos por meio dos canais oficiais da Câmara e do Jornal Oficial do Município, caso o texto seja sancionado.

OSB-Limeira reforça importância da atuação cidadã na Tribuna Livre da Câmara

Pauta destaca avanço do Compromisso com Limeira e convida para o Agosto Transparente

O presidente do Conselho de Administração do Observatório Social do Brasil – Limeira, Raul Soares Groppo, participou da Tribuna Livre da Câmara Municipal no dia 7 de julho, onde apresentou as ações recentes do OSB-Limeira, destacou a importância do Compromisso com Limeira e reforçou o convite para os próximos eventos da instituição.

“Agradeço porque 100% dos vereadores e o prefeito assinaram o Compromisso com Limeira. E mais do que assinar, esta Casa já demonstrou estar atenta”, afirmou. Raul ressaltou ainda que a atuação da Câmara é fundamental diante do cenário fiscal do município. “A receita dobrou em 10 anos, mas as despesas cresceram ainda mais. A dívida aumentou quase 30 vezes. E o caixa no início desta gestão foi o pior da década”.

O presidente do OSB-Limeira também chamou a atenção para a dificuldade de acesso a dados públicos. “Se uma pergunta simples como ‘quanto a cidade deve?’ gera tantas respostas diferentes, é porque algo precisa melhorar”.

Durante a fala, Groppo reforçou o convite para a abertura do Agosto Transparente, marcada para o dia 7 de agosto, às 19h, na ACIL. “Vamos dialogar sobre os principais riscos econômicos e sociais de Limeira. O conteúdo já está disponível no nosso site”. Ele também alertou para a importância dos debates sobre o Plano Plurianual (PPA) e o Plano Diretor. “Se algo não é medido, como pode ser fiscalizado, cobrado ou melhorado?”, questionou.

Encerrando sua participação, Raul deixou um lembrete: “As mudanças estruturais na Câmara vieram com a expectativa de melhorar sua atuação. Como essa melhoria será percebida pela população?”.

O OSB-Limeira convida todos a acompanharem seus canais oficiais, @osblimeira, e participarem também da próxima Caminhada Cidadã, em data a ser marcada em breve. O evento une o exercício físico à consciência cidadã por meio da coleta de resíduos ao longo do trajeto.

 

Câmara aprova parcelamento de débitos municipais com até 90% de desconto sobre juros e multas

Projeto do Executivo permite regularização de tributos e outros créditos com fatos geradores registrados até 31 de dezembro de 2024

Na sessão ordinária de 23 de junho, a Câmara Municipal de Limeira aprovou o Projeto de Lei nº 142/2025, de autoria da Prefeitura, que institui o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) no município. A iniciativa tem como objetivo facilitar a regularização de tributos e outros créditos, tributários ou não, junto ao município.

O PPI permite o parcelamento e reparcelamento de débitos — inscritos ou não em dívida ativa, inclusive ajuizados ou passíveis de cobrança judicial — com condições especiais, incluindo descontos sobre juros e multas.

O programa contempla dívidas com fatos geradores registrados até 31 de dezembro de 2024, e prevê atualização monetária, juros e multa até a data de formalização do pedido de ingresso. Os descontos são progressivos conforme o número de parcelas e o mês de adesão, chegando a até 90% sobre juros e multas de mora, tanto para tributos quanto para créditos não tributários.

A proposta também define os critérios para exclusão ou cancelamento do parcelamento em caso de inadimplência e especifica os casos de impossibilidade de inclusão no PPI. Segundo justificativa da Prefeitura, o objetivo é promover justiça fiscal, melhorar a regularização de pagamentos e assegurar a continuidade da prestação de serviços públicos.

O projeto aprovado segue agora para apreciação do prefeito Murilo Félix. Após sanção, será promulgado, publicado no Jornal Oficial da Prefeitura e entrará em vigor.